Um Plano Estratégico de Sistemas de Informação pode considerar-se como uma das componentes do Plano Estratégico, uma vez que se apoia na estratégia de negócio neste contida e, com base nesta, parte para uma definição mais detalhada do que serão as futuras necessidades de informação da organização, e quais as tecnologias, dados, aplicações e recursos humanos que irão constituir um Sistema de Informação que apoie eficiente e eficazmente o desenvolvimento do negócio.
Por isso, o objetivo fundamental do Planeamento Estratégico de Informação é o de construir um plano para a implementação de sistemas de informação que apoiem efetivamente a evolução dos requisitos e necessidades de negócio da organização.
Características
Um Plano Estratégico de Sistemas de Informação deve apresentar as seguintes características:
Ter como base a definição da Estratégia de Informação; e
Encontrar-se diretamente relacionado com a estratégia de negócio e o estado da arte ao nível das tecnologias de informação, respondendo a questões como:
Qual o atual ambiente de negócio e de gestão da informação?
Quais os requisitos para a mudança?
Qual deverá ser o futuro ambiente de gestão da informação?
Como é que este objetivo poderá ser alcançado?
Perspectivas
Desenvolver-se segundo quatro vetores fundamentais:
Estrutura da organização quer em termos da informação que deseja conservar, quer com base nas atividades que deverão usufruir dessa informação (arquitetura de informação);
Aplicações e bases de dados necessárias para apoiar as atividades da organização (arquitetura aplicacional do negócio);
Componentes tecnológicas requeridas para correr estas aplicações e bases de dados (arquitetura tecnológica); e
Organização apropriada das atividades e processos de gestão de informação.
Objetivos
Estabelecer uma estratégia de informação baseada na estratégia de negócio da organização;
Construir um plano de construção e desenvolvimento de aplicações que responda cabalmente às necessidades e prioridades de informação;
Definir uma arquitetura de informação que permita uma efetiva partilha de informação entre sistemas e aplicações;
Construir um ambiente tecnológico que permita o melhor usufruto das novas tecnologias de informação; e
Definir a melhor e mais eficiente organização de Gestão de Informação.
Apresentar, ainda:
Uma análise e avaliação da eficiência e eficácia das atuais aplicações informáticas;
Uma identificação dos dados que são recursos fundamentais da organização e uma base para a sua análise, controlo e exploração; e
Uma avaliação do impacto da utilização de novas tecnologias de informação em toda a organização.
Produtos Finais
Um Plano Estratégico de Sistemas de Informação, deve especificar claramente os produtos finais do processo de planeamento, sobre as quais decisões estratégicas podem e devem ser baseadas. Estes produtos finais são a base para a comunicação entre todas as pessoas envolvidas no processo de planeamento e devem seguir os padrões, conceitos e definições da Engenharia Informática. Isto, porque irão servir como “matéria prima” para as fases que se seguem à construção do Plano Estratégico de Sistemas de Informação, como sejam as de Planeamento Detalhado de Projetos, Desenho Funcional e Desenho Técnico das futuras Aplicações Informáticas.
Benefícios
Este esforço de planeamento é essencial, por que:
Procura antecipar e aproveitar os mais recentes desenvolvimentos nas tecnologias de informação;
Permite identificar o impacto das tecnologias de informação na qualidade do desempenho global da organização;
Promove a generalização da utilização de tecnologias de informação por todas as atividades e a todos os níveis de gestão na organização; e
Alerta para a fato de se dever aperfeiçoar a utilização de recursos escassos (humanos, materiais, financeiros,...) na disponibilização de informação crítica para a organização.
E, certamente, resultará nos seguintes benefícios:
Um aumento da sensibilização da gestão para os novos desenvolvimentos das tecnologias de informação e das oportunidades que daí resulta;
Uma melhor comunicação na organização sobre o efetivo usufruto das tecnologias de informação; e
Um efetivo envolvimento dos utilizadores na construção do sistema, o que aumenta, desde logo, o seu grau de confiança nas possibilidades oferecidas pelas novas aplicações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário